A falta de controle glicêmico pode levar a quadros graves, como hipoglicemia e cetoacidose. Saiba como evitar as emergências médicas
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Apesar das várias terapias e tecnologias disponíveis hoje em dia, o maior motivo que leva as pessoas com diabetes ao hospital é o controle glicêmico inadequado. Isso pode ser causado por diferentes fatores, incluindo falta de insulina no corpo ou a aplicação incorreta de doses.
Aplicar insulina além do necessário, por exemplo, pode causar hipoglicemias1 e geralmente acompanhadas de sintomas como tontura, tremores, cansaço, visão embaçada, suor e fome.
Se a hipoglicemia não for tratada2, o paciente pode ter convulsão, desmaiar e entrar em coma. Nesses casos, encaminhá-lo o mais rápido possível para o hospital pode salvar a vida dele.
Pessoas com diabetes tipo 1 são mais suscetíveis à hipoglicemia, visto que precisam administrar insulina várias vezes por dia. Mas quem tem o diabetes tipo 2 também pode apresentá-la, pois alguns medicamentos reduzem a glicemia e, se não forem usados com cuidado, aumentam o risco de hipoglicemia.
Hiperglicemia, problemas no coração e nos rins
Outra emergência médica é a cetoacidose diabética, provocada pela falta ou insuficiência de insulina no corpo, levando à hiperglicemia. Depois de um tempo sofrendo com o alto nível de glicose na corrente sanguínea e sem insulina para agir, o corpo começa a usar a gordura como fonte de energia. O resultado desse processo é o aumento de cetonas que desequilibra o sangue.
Nessa lista de complicações ainda estão: doenças renais, doenças cardiovasculares3, como infarto, o acidente vascular cerebral (AVC) e problemas nos pés. Para evitá-las, é fundamental monitorar sempre a glicose, fazer o tratamento indicado pelo profissional da saúde, manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física e não fumar.
Um estudo de vida real conduzido pelo endocrinologista Dr. Richard Bergenstal4 com cerca de 2.500 adultos com diabetes tipo 2 (DM2) em terapia com insulina basal-bolus mostrou que usar o sensor de glicose FreeStyle Libre resultou em 61% menos eventos agudos relacionados ao diabetes, como cetoacidose e coma hipoglicêmico, além de reduzir em 32% o número de hospitalizações por todas as causas. Esses resultados foram obtidos com 45 dias de uso do sensor.
No DiaCast Volume 1 | Fernando Valente5 disponível na plataforma Diabetes no Alvo, o endocrinologista Dr. Fernando Valente relata os achados do estudo conduzido pela Dra. Eden Miller com mais de 7 mil pessoas com DM2 que não usavam insulina rápida. O uso do sensor promoveu uma redução de 30% nos eventos agudos.
1. Lucírio I. Hipoglicemia: o que é, as causas e os sintomas. Veja Saúde, São Paulo, 21 nov. 2019. [acesso em maio de 2023]. Disponível em: htps://saude.abril.com.br/medicina/hipoglicemia-o-que-e-as-causas-e-os-sintomas/
2. Cerquetani S. É perigoso, sim! Viva Bem Uol, 19 ago. 2021. [acesso em maio de 2023]. Disponível em: htps://www.uol.com.br/vivabem/reportagens-especiais/sequelas-graves-do-diabetes/#page5
3. HCor. Diabetes é uma das principais causas para doenças no coração. [internet]. [acesso em maio de 2023]. Disponível em: htps://www.hcor.com.br/imprensa/noticias/diabetes-e-uma-das-principais-causas-para-doencas-no-coracao/
4. Ricardo B., et.al. Flash CGM Is Associated With Reduced Diabetes Events and Hospitalizations in Insulin-Treated Type 2 Diabetes, 4 abr. 2021. [acesso em maio de 2023]. Disponível em: htps://academic.oup.com/jes/article/5/4/bvab013/6126709
5. Diabetes no Alvo. Dia Cast Volume 1 | Fernando Valente. [acesso em maio de 2023]. Disponível em: htps://www.diabetesnoalvo.com.br/diacast-volume1/
ADC-76262.V2.0.Junho/2023